Por Eliana Olinda Alves | Psicóloga do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, Doutora e Mestre em Psicologia pela UFF/RJ, Professora do Curso Psicologia Jurídica da PUC-Rio, Membro da La cause des bébés, Membro Fundadora da Associação Pikler Brasil e da Rede Pikler Nuestra América.
“O bebê não deveria ser considerado um simples objeto de cuidados, mas como uma pessoa que tem uma influência sobre os acontecimentos e que estabelece relações, um verdadeiro companheiro que sente melhor o amor dos pais se eles, tendo em conta suas necessidades, dedicam-lhe uma atenção de qualidade.” (Judit Falk)
No decurso dos séculos, vê-se a consolidação, por meio de legislações, da ideia de proteção a crianças e adolescentes. A partir do século XVIII, a infância foi ganhando uma forte expressão e se fortalece, no século XIX, como uma fase importante da vida, sobre a qual se dirige o olhar das ciências e da assistência. O século XX foi chamado o século da criança, pelos tratados, convenções internacionais e leis progressistas sancionadas para garantir sua proteção. Não somente pelo avanço nas legislações, mas pelos estudos da psicanálise sobre a infância, no após 2ª Guerra, do século XX, que apontavam para a necessidade de se pensar a qualidade da relação da criança com seu ambiente, como base do seu desenvolvimento (físico e psicológico) saudável. No entanto, mesmo as pesquisas desse período trazendo à tona aspectos importantes dos processos de maturação da criança, desde o seu nascimento, sua vinculação com o ambiente, foi em nossa atualidade, no século XXI, que se assentaram as pesquisas sobre a primeira infância, mais especificamente sobre os bebês. Pode-se dizer que o século XXI se configura como o século da Primeira Infância, considerada o período mais sensível do desenvolvimento humano.
Com o progresso científico, na atualidade, com destaque aos estudos das neurociências, pelos dispositivos sofisticados de imagens, como ultrassonografias de alta resolução, foi detectado que o cérebro humano, entre zero a três anos de idade, mais se desenvolve, tendo-se em vista as experiências vividas pela criança, nesse período. Na primeiríssima infância ocorre o que conhecemos como “janela de oportunidade”, assim definido pela neurociência, por ser nessa fase da vida que se forma a ‘arquitetura cerebral’, mediante as conexões neurais que se processam muito rapidamente. Dessa forma, o genético somado à experiência do contexto cultural, social, econômico (epigenética), pode transformar a estrutura biológica, cerebral, corroborando para o desenvolvimento e estabilização das habilidades, fortalecidas por meio das interações propiciadas pelo ambiente. De acordo com pesquisadores do Núcleo Ciência Pela Infância (NCPI/USP), essas habilidades são interrelacionadas e fazem parte de um mesmo agrupamento de regiões cerebrais, de tal forma que o desempenho de uma habilidade afeta diretamente o da outra.
As pesquisas atuais corroboram com as do século XX, que chamavam a atenção para certos prejuízos causados pelas falhas do ambiente, como a privação afetiva e a separação de crianças dos seus afetos primários. Aspectos como a idade e o grau de privação vivida pela criança foram destacados como importantes para se pensar os agravos na formação de sua personalidade, atrasos cognitivos sérios, entre outros. Hoje, a neurociência afirma que essas experiências, consideradas traumáticas, interferem inclusive na estruturação da ‘arquitetura cerebral’ do bebê.
Temos o entendimento que o bebê humano é o mais inacabado entre os mamíferos, o que lhe dá uma condição de desamparo. Essa condição, no entanto, não implica que ele não tem competência para interagir, que não é capaz de se comunicar, observar o ambiente, sentir responder aos estímulos, buscar o outro pelo olhar, provocar seu em torno. Os recentes estudos da psicanálise, ancorados nas neurociências e nos trabalhos clínicos com bebês, ressaltam que o feto não é indiferente à experiência gestacional. Durante a gestação, o feto se movimenta, tem certas reações, a partir dos estímulos externos, e pode diferenciar a voz materna, entre as outras vozes que ouve.
No entanto, nos primeiros momentos pós-natal, o bebê enfrenta alguns desafios da nova vida, como a luminosidade, a temperatura (sensações térmicas de quente/frio), os barulhos, as sensações da pele, a gravidade, etc. A gravidade é acachapante para o bebê humano. Comumente, causa-nos estranheza que ao nascer o bebê não consiga juntar suas mãos como antes fazia, ao vermos nas imagens de fetos, às vezes até segurando o cordão umbilical, demonstrando alguma destreza. Isso se dá pela força da gravidade que atua sobre seu corpo, podendo levar um período de dois meses para o bebê reencontrar suas mãos. Em sua nova condição de vida, em meio aéreo, ele perde o controle, a força muscular, mas isso apenas denota uma diferença de ritmo em relação à vida intra-uterina, quando tinha controle dos seus movimentos. No meio aéreo, desenvolverá recursos, ampliando sua capacidade de interagir com o mundo à volta.
Esses são alguns aspectos da travessia de um bebê na sua jornada ao nascer. Evidente que por essa condição de desamparo, ele precisa que o ambiente entenda e atenda suas necessidades com prontidão. Ajude-o a integrar tudo isso, pela linguagem em suas diferentes modalidades, para que ele possa entender, dar sentido à experiência, e possa advir ao mundo. Segundo o psicanalista D. Winnicott, nos primeiros meses de sua vida, o bebê vive a experiência de não-integração, o ambiente é difuso, ele é pura sensação, e vivencia o que o psicanalista define como angustias impensáveis: se dissolver, explodir e de queda sem fim. Angústias que são sentidas antes que os sentidos da criança estejam organizados, sendo a figura materna, ou o adulto que exerce a função dos cuidados, aquela que em suas palavras deverá “segurar o bebê”, ser o apoio, o suporte. A pessoa que fará a ponte do bebê com o mundo terá a função de um Ego-auxiliar, facilitando a organização psicossomática do bebê. Winnicott afirma que o bebê é, desde o começo, uma pessoa e só existe em relação, precisando ser reconhecido pelo outro para desenvolver o sentimento de existir e se tornar capaz de afirmar sua individualidade e experimentar um sentimento de identidade pessoal.
Por sua capacidade de perceber e sentir a vibração, os estímulos do meio, desde a vida intra uterina, segundo Parlato-Oliveira, o bebê nasce com a capacidade de interpretar o ambiente, ele não parte de um zero, mas há um continum entre a vida uterina e pós-natal. O psicanalista Bernard Golse afirma que o bebê nasce com a pré-representação da pessoa que pode cuidar dele. Portanto, ele já é capaz de reconhece seu cuidador primário e busca, muito precocemente, chamar a atenção desse adulto para ele. Dessa condição de desamparo, reside no bebê uma potência que nossos olhos ainda não conseguem ver, por não creditarmos ao bebê e a criança pequena uma competência que lhe é própria. O que não quer dizer deixar a criança à própria sorte, mas ter respeito por ela, observá-la mais, para intervir sem lhe causar violência.
A criança se constitui na processualidade da relação com o ambiente e um momento inestimável de sua conexão com este é aquele em que acontecem os cuidados corporais, em que está em uma íntima interação com o adulto, vivenciando uma comunicação intersubjetiva com este. É por meio do próprio corpo que a criança vai se constituindo psiquicamente e construindo suas relações com o mundo, num processo ‘silencioso’ que antecede a linguagem falada. Os cuidados pouco a pouco darão a essa criança a ideia de um contorno físico, envelope corporal e psíquico, que ela tem algo que a contém, que não lhe deixa escapar, se esvair, se dissolver. Na vivência de seus processos corporais com um adulto continente, a criança consegue juntar as partes do seu corpo e ter uma ideia de um todo. “Evoluindo em seu processo de nascimento psíquico, o bebê vai fazer analogias, de forma cada vez mais frequente, entre sua experiência de continência e as partes de seu corpo que equivale a isso” (FONTES, 2017, p.48).
Se o adulto está inteiramente voltado para esses instantes dos cuidados, ele pode evitar falhas ambientais que podem ser penosas para o bebê, tornando menos ameaçador o mundo à sua volta. Para Winnicott, “Estas falhas básicas produzem nele uma inacreditável ansiedade. O conteúdo desta ansiedade pode ser assim expresso: (1) ser feito em pedaços; (2) cair pra sempre; (3) completo isolamento, devido à inexistência de qualquer forma de comunicação; (4) disjunção entre a psique e o soma” (p.88). Corroborando com o pensamento de Winnicott, os estudos das neurociências afirmam que as falhas ambientais, ocorridas na primeiríssima infância (zero a três anos), terão efeitos importantes nos processos do desenvolvimento da criança, impactando a família e a sociedade. Essas falhas podem produzir graves problemas, como depressão, psicoses e, em casos extremos de abandono, até a morte prematura da criança. Portanto, faz-se necessário que o adulto responsável pelos cuidados tenha a capacidade de se colocar no lugar da criança, identificar-se com ela.
Percebe-se que muito se avançou nas pesquisas e proposições de trabalho com a primeira infância e como as ideias de Donald Winnicott dialoga com os estudiosos contemporâneos, demonstrando seu vigor. Destarte, não podemos suprimir desse diálogo outra estudiosa da primeira infância, do século XX, a pediatra Emmi Pikler. Assim como Winnicott, Pikler também entendia o bebê como uma pessoa, como sujeito, com muitas capacidades de interagir com o meio e sentir de forma profunda os acontecimentos à sua volta. Uma perspectiva que propunha, à época, o rompimento com a ideia de que o bebê era um ser passivo, uma ‘tábula rasa’, e somente começaria a sentir o que lhe acontecia, a partir de uma determinada época de seu desenvolvimento. Concepção que forjou a crença, por exemplo, que o bebê não percebia o ambiente, estaria alheio aos acontecimentos que lhe sucediam. Com esse entendimento, tocava-se o corpo da criança como se ela fosse um mero objeto de cuidados e não uma pessoa digna de respeito. Lamentavelmente, essa compreensão do bebê como objeto ainda persiste na atualidade.
Emmi Pikler se apoiou nos estudos do neuropsicólogo estadunidense, Robert White, que pensou a noção de ‘competência’ como a aptidão que todo ser vivo tem para entrar em relação com o meio. Para White, “todo ser vivo é competente“. Partindo dessa premissa, e outros estudos na área da psicanálise, pedagogia, psicologia, neurociências, Pikler nos brinda com um campo teórico-prático, inigualável, sobre o cuidado com o bebê, crianças pequenas e sua relação com o adulto. Como médica de família e dirigindo uma instituição de acolhimento para crianças, em Budapeste, entre 1946 a 1979, pode ampliar seu campo de investigação sobre a temática.
Antes de estruturar o trabalho de acolhimento para crianças, a pediatra visitou, à época, várias creches e instituições de acolhimento, denominadas orfanatos, no leste europeu. O que lhe chamava a atenção e de sua equipe, nessas visitas, era a atitude do adulto frente ao bebê, tratando-o como se este fosse tão somente um objeto de cuidados e não uma pessoa em sua singularidade, que percebe, sente e participa do mundo que a circunda. A relação era impessoal e os cuidados realizados de forma mecânica, automática. Nesse período, defrontou-se com as pesquisas do psicanalista René Spitz, sobre a privação afetiva sofrida por crianças institucionalizadas, devido à ausência de uma figura de referência afetiva. Tal experiência, para Spitz, gerava um tipo de depressão que podia levar à morte, denominada por ele de síndrome do hospitalismo. Em alguns casos, quando a morte não se consumava, o bebê crescia dando a impressão que estava bem, mas não passava de aparências, porque a criança era apenas uma sobrevivente, portando sérios comprometimentos de ordem emocional e cognitiva. Esse aparente bem-estar da criança, Pikler denominou de novo hospitalismo, decorrente de um vínculo frágil e inseguro entre a criança e o adulto.
Um fator preponderante observado em suas pesquisas foi a não formação adequada dos profissionais, com foco apenas nos cuidados sanitários. Muitas vezes, frente a impasses com a criança, projetavam suas emoções na criança e se colocavam diante dela como se fosse sua mãe, produzindo demandas as quais não poderia cumprir. Uma relação baseada em uma falsa promessa. Com essas constatações, propôs uma mudança de paradigma no atendimento, em espaços coletivos, a crianças de zero a três anos. A formação do adulto cuidador e a qualidade do vínculo estabelecido com a criança se consolidou como princípios norteadores de sua concepção de trabalho. Em seu entendimento, cada bebê, em suas diferentes formas de expressões, comunica o que se passa com ele, especialmente durante o momento dos cuidados, como alimentação, sono, higiene corporal. Em sua compreensão, o adulto que cuida deve fazer um esforço de manter sua atenção ao que a criança comunica, compreendendo seus gestos, seus sentimentos, interessando-se por ela verdadeiramente. Para ela, se não houvesse um compartilhar da experiência entre o adulto e a criança, as intervenções seriam realizadas sem qualidade e intimidade, sem o suporte efetivo às necessidades da criança. Tudo se passaria como se a criança não fizesse parte do que estava acontecendo com ela, com seu corpo. Tornava-se um cuidado despersonificado, destituindo-a de sua singularidade.
Essa forma de cuidar pensada por Emmi Pikler se apresenta como condição de possibilidade para o sentimento de bem-estar, segurança emocional e possibilidades da criança desenvolver suas competências. Somente desse lugar, o adulto responsável pelos cuidados pode ser um suporte, uma referência afetiva e continente às suas expressões. A compreensão do reconhecimento da individualidade da criança envolve os contatos da troca de olhares, dos gestos, do toque, da voz, que lhe possibilitará crescer emocionalmente confiante e desenvolver sua autonomia. Os cuidados inadequados geram insegurança, desagregam psiquicamente, e a criança não consegue realizar essa rica operação de integração do seu corpo, vivendo mais intensamente as angústias primitivas e impensáveis descritas por Winnicott.
Entretanto, consolidou-se uma percepção que momentos de distração com brincadeiras e jogos, ocupando a criança com atividades, colabora e estimula mais seu amadurecimento, sendo mais relevantes para ela que os momentos dos cuidados corporais. Entendimento de que os estímulos externos oferecidos pelo adulto configuram como condicionantes ao desenvolvimento de suas potencialidades. Os cuidados corporais, ricos de trocas afetivas, ficam restritos à higiene e saúde física, sendo realizados, muitas vezes, causando mal-estar na criança.
Falk (1983) faz uma análise crítica dos estudos teóricos que focaram mais nos aspectos sanitários dos cuidados corporais, que nos aspectos psicológicos. Ela destaca a experiência o Instituto Pikler, como importante, por conjugar tais aspectos nas experiências de uma criança, tendo como base os cuidados corporais de forma adequada, em uma relação privilegiada com um adulto de referência. Essa perspectiva resignificou a relação adulto-criança, o modo de ver os cuidados corporais e mostrou que é possível em ambientes coletivos garantir ao bebê e a criança pequena o desenvolvimento de suas potencialidades, privilegiando os momentos dos cuidados, para além da perspectiva sanitária.
Mesmo no ambiente familiar pode acontecer de uma criança vivenciar a experiência dos cuidados corporais – mesmo com um adulto que representa uma figura de referência afetiva – como uma experiência desconfortável, passível de gerar angústia. Quando essa experiência dos cuidados se realiza em ambientes coletivos, como creches, instituições de acolhimento, esses momentos são banalizados pela rotina pesada de trabalho, falta de preparo dos profissionais e outros entraves que sustentam um olhar que os cuidados atendem tão somente à sobrevivência da criança. Ainda se observa as dificuldades, nesses estabelecimentos, que cuidadoras demonstram para perceber e entender as formas de expressões, os sinais comunicados pela criança do que ela está sentindo, quando seu corpo é tocado. Isso nos lança um desafio: como mudar, nos espaços coletivos, a perspectiva de se conceber a criança e os cuidados dispensados a ela?
Historicamente, em nosso país, os profissionais que se ocupam de crianças, em instituições de acolhimento, são pessoas que não são cuidadas, têm baixos salários, não recebem uma qualificação profissional adequada, exigindo-se apenas que estes gostem e/ou tenham alguma experiência de ter “cuidado” de crianças. O efeito disso é que os profissionais, diante de alguns impasses e desafios próprios da relação com uma criança, repetem experiências anteriores que lhes são familiares: o modo como cuidou dos filhos, sobrinhos e netos, entre outras vivências com crianças. A experiência do Instituto Pikler, desde de 1946, vem mostrando como a atitude do adulto de se interessar pela criança, nos momentos dos cuidados corporais, é a condição de possibilidade para minimizar os prejuízos que a institucionalização ocasiona à sua saúde psíquica e contribuir para o desenvolvimento de sua individualidade, segurança emocional, estabelecendo uma relação de confiança com o mundo. Essa continência aos processos emocionais da criança colabora para a formação de sua personalidade dando condição para que ela se desenvolva capaz de estabelecer vínculos, introjetar regras, socializar-se.
A abordagem pikleriana, conhecida como a pedagogia dos detalhes, dialogando com a medicina, a neuropsicologia, psicanálise, pedagogia, funda outra ética do cuidado na relação adulto-criança. Nesse novo paradigma, a criança desenvolve sua individualidade e conquista sua autonomia, prescindindo dos ensinamentos do adulto, da disciplinarização dos seus gestos. Para tudo isso acontecer, contemplando suas necessidades, seus processos de maturação, faz-se preciso um ambiente de facilitação, sem interrupções, sem quebras, um ambiente também continente. Pikler tira o bebê do seu desamparo para a potência de existir.
Essa proposta de trabalho com crianças, na primeiríssima infância, convoca-nos a pensar sobre o ‘cuidado com quem cuida’. Winnicott nos chama a atenção, afirmando que “Poderíamos quase dizer que as pessoas que cuidam de um bebê são tão desamparadas em relação ao desamparo do bebê quanto o bebê o é. Talvez haja até mesmo um confronto de desamparos” (p.91). Assim como o bebê, quem cuida precisa ser cuidado, ser ouvido nas suas dificuldades, ter uma formação adequada, com acompanhamentos contínuos. Faz-se necessário entender que cuidar é atuar na prevenção. Quantos problemas graves poderiam ser prevenidos se as crianças fossem bem cuidadas. Os cuidados bem realizados nos oferecem a chance de construir um projeto melhor de sociedade, com ética e reconhecimento do outro como diferente. Para Winnicott, “A adaptação bem sucedida dá uma sensação de segurança e um sentimento de ter sido amado”. É possível pensarmos em políticas sociais que propiciem a bebês e crianças pequenas o sentimento de terem sido amadas e a expansão de suas potências?
Dicas de leitura:
WINNICOTT, D. (2013) O bebê sua mãe. São Paulo: Martins Fontes.
FALK, J. (2021) Educar os três primeiros anos: a experiência Pikler-Lóczy. São Carlos: Pedro & João Editores.
FONTES, I. (2017) A descoberta de si mesmo. São Paulo: ldeias & Letras.
PARLATTO-OLIVEIRA, E. (2019) Os saberes do bebê. São Paulo: Instituto Langage